Farmácias no Brasil: tendências e desafios pós-pandemia

O varejo farmacêutico brasileiro não apenas expandiu, como sofreu uma grande reconfiguração durante o período de isolamento. Entenda os grandes desafios atuais

Na imagem, a farmacêutica tira as dúvidas da cliente que está segurando um produto de marca própria nas mãos

A crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19 afetou diversos setores do mercado, mas esse não foi o caso do varejo farma. Hoje, as farmácias brasileiras movimentam cerca de R$ 86 bilhões em vendas, segundo dados da Abrafarma.

O setor não apenas se expandiu financeiramente e geograficamente, com crescimento na lucratividade e abertura de novas lojas pelo país, como tem recebido diferentes tipos de investimentos para acompanhar o novo cenário que se configura desde a pandemia.

Globalmente, os investimentos no setor farmacêutico devem saltar de US$ 172 bilhões em 2018 para US$ 204 bilhões em 2024, apenas em pesquisa e desenvolvimento. Ao todo, uma alta de 18,6%. Os dados são da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).

Já sobre varejo farma, os investimentos em inovação mais consideráveis englobam a transformação das farmácias em hubs de serviços; o fortalecimento dos canais digitais como e-commerces e aplicativos; e, ainda, a conveniência que continua remodelando os espaços físicos e o portfólio de produtos disponíveis, principalmente por meio do desenvolvimento das marcas próprias.

No entanto, os desafios surgem na mesma proporção das grandes transformações e tendências. Neste artigo, entenda quais são eles e o que os varejistas farmacêuticos precisam considerar para seguir crescendo daqui por diante.

Tendências e oportunidades para farmácias do Brasil

Quando o assunto é crise sanitária, é de se esperar que os setores de saúde e farmácia sejam os primeiros a sofrer grandes impactos. 

A primeira influência esteve na própria oferta de produtos e serviços. Além do aumento de vendas de medicamentos premium, como vitaminas para aumentar a imunidade, as farmácias brasileiras passaram a agregar serviços de saúde com os testes rápidos de Covid-19.

Em pleno período de isolamento, o formato das vendas também foi remodelado para atender os clientes à distância. Com isso, grandes redes se voltaram para os seus canais digitais, que muitas vezes já existiam, mas com baixa participação no share de vendas.

Na imagem, está um farmacêutico cadastrando produtos de marcas próprias em um e-commerce, com um carrinho de remédios ao lado
Com a pandemia, grandes redes se adaptaram e começaram a investir mais em seus canais digitais, o que aumentou o share de vendas

Para exemplificar o cenário, vale citar o case da RaiaDrogasil, enquanto maior rede de farmácias no país.

Conforme revelado pelo então presidente da companhia, Marcílio Pousada, em 2021: “na pandemia, os canais digitais, que antes representavam 2% das vendas do grupo, passaram a uma média de 7% a 8%.” Leia mais aqui.

Dois meses após o início da pandemia, as farmácias da RD também já disponibilizavam os famosos testes de Covid em larga escala. Tal inovação abriu portas para acelerar o modelo de negócios que pouco a pouco se transforma em um “hub de saúde“, com maior foco no atendimento aos clientes.

O conceito tem sido divulgado pela companhia como a “nova farmácia”. Isso porque comprar perto de casa, a partir de um atendimento humanizado, foi outra tendência que cresceu no período. 

Conforme explicado na revista E-commerce Brasil: “o novo modelo faz um resgate das farmácias de bairro, somando a experiência de serviços de saúde com a conveniência trazida pela tecnologia.” Leia mais aqui.

E por falar em conveniência, outro destaque é a remodelação do espaço físico que, mesmo antes da pandemia, já conversava com a estratégia americana das drugstores. Nesse modelo, a ênfase está na diversificação de produtos não medicamentosos.

Ainda assim, diante da crise econômica, as principais mudanças nascem ao considerar a diminuição do poder de compra dos consumidores no período.

Para solucionar o problema, as farmácias do Brasil aumentaram os investimentos em linhas de marca própria nas categorias de higiene e beleza, assim como outros itens premium, por exemplo, suplementos, alimentos e bebidas. 

Na imagem estão os produtos da ever care, marca própria da drogaria são paulo
A Ever Care, marca própria do Grupo DPSP, já conta com 250 SKUs. Essa é uma das várias redes que adotaram a estratégia para aumentar suas margens de lucro

As marcas próprias, que não são novidade no Brasil, têm passado por um boom de crescimento recente nas drogarias de todo o país. O principal motivo é a capacidade de unir a conveniência da diversificação à tão aclamada economia no bolso dos consumidores.

Os grandes desafios do varejo farma

Assim como as tendências, os maiores desafios atuais do varejo farma ainda são externos e fruto de aspectos mais profundos da sociedade, como a crise econômica e o baixo poder de compra da população.

Porém, há outros desafios internos, como a omnicanalidade, a digitalização do negócio e o aumento de valor agregado por meio de novas soluções e produtos, que considerem as diversas camadas e nuances do cenário atual.

Desafios externos do varejo farma

Segundo uma pesquisa de 2023 elaborada pelo Panorama Farmacêutico, 39% dos assinantes do portal enxergam o cenário econômico como o maior desafio atual das farmácias no Brasil. Em segundo lugar, e atrelado ao primeiro motivo, está a queda no poder de compra, com 28% das respostas. 

Já para 33% dos entrevistados, a concorrência e a relação colaborativa com a indústria são os maiores desafios. Leia mais aqui.

Nesse sentido, vale ressaltar que algumas questões como a macroeconomia estão fora do controle dos varejistas. Por outro lado, ao considerá-las, as farmácias podem tomar decisões mais assertivas em favor de seu negócio. 

Diante da concorrência acirrada, por exemplo, é preciso criar estratégias de diferenciação. Já para melhorar a relação colaborativa com a indústria, é possível investir em ferramentas e parcerias que aproximem e acelerem tal relacionamento.

Leia também: Liberte-se da concorrência acirrada no varejo por meio de diferenciais de mercado

Desafios internos do varejo farma

A partir dos desafios externos, surgem novos obstáculos internos para farmácias brasileiras. A omnicanalidade, por exemplo, é um desafio diretamente conectado ao aumento de compras online. Em um primeiro momento, tal desafio surgiu como reflexo do isolamento.

A omnicanalidade do varejo farma vai além das compras online, também abrange a pesquisa e o atendimento ao cliente

Porém, uma vez adotada pela população em larga escala, a presença multicanal que inclui não só as compras digitais, mas outras etapas como pesquisa e atendimento online, torna-se parte das expectativas básicas de consumidores cada vez mais motivados pela hiper conveniência.

Para as farmácias, o momento coloca em xeque a tradição de suas lojas físicas. Apesar de essenciais, agora elas precisam agregar um valor presencial muito mais alto, especialmente por meio da diversificação do mix de produtos somada ao atendimento personalizado feito pelos profissionais de saúde no local. 

Ao mesmo tempo, as farmácias precisam continuar conectadas com os outros canais digitais para garantir a experiência de compras completa. 

Preço baixo, alta qualidade

Por fim, ao considerar o pano de fundo pós-pandemia, outro aspecto fundamental para enfrentar a crise é ofertar opções de preços abaixo da média, sem colocar em risco o seu fluxo de caixa. Para isso, se faz necessária a gestão minuciosa da cadeia de suprimentos e adoção de estratégias já consolidadas para manter a economia, como a marca própria.

Afinal, quanto maior for a autonomia do varejo farma daqui em diante, mais fácil será navegar por tantas mudanças e desafios que podem colocar em risco não só a saúde financeira, como também a sustentabilidade do negócio a longo prazo.

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