Especialistas falam sobre a performance de suas estratégias de private label nos segmentos de beleza e construção
A marca própria é um modelo de negócio bastante conhecido no varejo farma e alimentar, oferecendo rentabilidade às empresas e mais economia ao consumidor. Mas e em categorias especializadas, como beleza e construção? Qual o desempenho desses produtos nas estratégias das companhias e qual a percepção dos clientes em relação a mais uma opção na gôndola?
Renata Minami, Diretora Executiva da Sumirê, e Renato Sá, CEO do Aliar Group – Tintas MC, se reuniram no palco do PL Connection, principal evento de marcas próprias da América Latina, para discutir a temática. “Em nosso ramo, ainda estamos muito distantes do varejo farma e alimentar. E ter lançado uma linha exclusiva para a Tintas MC foi muito disruptivo”, afirmou Sá. “O especializado agora traz essa mudança que acredito ser muito positiva, estamos evoluindo o mercado.”
Embora o lançamento seja recente, a estratégia de marcas próprias não é novidade para a Tintas MC. Nos anos 1980, a varejista desenvolveu uma linha de produtos exclusivos, que contava até mesmo com Pelé como garoto-propaganda. Por falta de planejamento, estudo aprofundado de mercado e tecnologia para gerir clientes e fornecedores, o projeto não vingou. “Hoje fica muito claro que marca própria não pode ser algo emocional, assim como foi na época”, contou Sá.
Cerca de 40 anos depois, e com a parceria da Amicci, a Tintas MC agora traz a estratégia de private label como prioridade da companhia, dispondo de toda uma estrutura e expertise de mercado. Um dos pontos cruciais para o sucesso dessa nova jornada é a escolha assertiva dos fornecedores. Para o projeto, a multinacional norte-americana e uma das maiores produtoras de tintas, Sherwin-Williams, é a responsável pelo fornecimento dos produtos. “Escolher o fornecedor certo é também uma segurança para o consumidor”, acrescentou.
Parcerias de sucesso
À frente da estratégia de private label de uma das principais redes de perfumarias do país, Renata conta sobre um dos projetos mais desafiadores da companhia: a linha de coloração capilar. Por ser um trabalho altamente especializado, foi necessário prospectar cuidadosamente a indústria fornecedora.
“Fomos muito ousados ao entrar nesse segmento e um dos projetos mais longos que fizemos. Mas não tínhamos dúvida de que precisava ser o melhor fornecedor. Mais do que fornecedor, um parceiro”, contou. “Quando lançamos, foi uma surpresa muito bacana e acredito que tenha sido fruto desse trabalho conjunto. É preciso ter essa liga, como já acontece no varejo alimentar.”
Por outro lado, nem sempre é positiva a reação das indústrias que expõem suas marcas nos pontos de venda da Sumirê. “A grande maioria se sente ameaçada, porque, querendo ou não, é mais um concorrente na gôndola”, disse Renata. “Mas deixo muito claro que em hipótese alguma vamos deixá-los na mão. É muito mais sobre fortalecer a parceria com os fornecedores que já estão ali.”
Segundo ela, a marca própria é como um porto-seguro, já que a estratégia garante a sustentabilidade do negócio e, consequentemente, segurança para as indústrias parceiras. “Na prática, isso está sendo muito saudável”, afirmou. “Tem espaço para todo mundo.”
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