Saiba como o mercado de Marcas Próprias pode se beneficiar das tendências apresentadas em Nova York

Todos os anos, em janeiro, a NRF’s Big Show reúne em Nova York grandes varejistas, fornecedores e especialistas para discutir as tendências que devem ditar o mercado.
Com 35 mil participantes, mais de 350 palestrantes e 800 expositores das principais marcas mundiais, a edição de 2023 aconteceu entre os dias 14 e 17 deste mês.
O maior congresso do varejo mundial apresentou um importante panorama para o setor, destacando temas como tecnologia, sustentabilidade, centralidade no cliente e um consumo moldado pela pandemia.
A seguir, confira alguns dos principais insights da NRF 2023 para inspirar os seus negócios de Marca Própria.
Como a tecnologia pode beneficiar o varejo
Um assunto que permeou muitas das palestras da NRF 2023 foi a tecnologia. A própria pandemia de Covid-19 foi uma importante aceleradora da transformação digital pelo mundo. No varejo, teve o papel de aproximar os consumidores em um cenário de distanciamento social.
Nesse sentido de um mundo cada vez mais conectado, a omnicanalidade mostrou-se novamente a protagonista. Marcas que atuam de maneira integrada em cada etapa da jornada do cliente, reduzindo gargalos e atritos, já ganham destaque frente à concorrência.
A inteligência de dados na gestão do negócio é outro ponto a se levar em consideração. Ao apostar na estratégia data-driven, tem-se muito mais conhecimento sobre os consumidores e suas necessidades, podendo as empresas oferecer soluções mais assertivas.

Integrando o espaço físico ao digital
Embora o e-commerce, que teve um avanço significativo nos últimos anos, deva continuar trazendo uma série de benefícios às marcas, o phygital (físico + digital) foi outra tendência discutida em Nova York.
Com pessoas sentindo falta da experiência de compra em loja, o investimento no espaço físico deve voltar à estratégia de gestão. No congresso em Nova York, muito se falou sobre o ponto de venda estar digitalmente integrado, oferecendo ainda mais relevância para os momentos de consumo, com conexão emocional.
Antônio Sá, sócio-fundador da Amicci e professor de varejo da FGV, esteve na NRF 2023 para acompanhar de perto as tendências do setor. Todas as percepções que teve das palestras e visitas técnicas em supermercados da região, ele trouxe para o evento Pós-NRF 2023 Amicci, realizado em fevereiro.
Assista à transmissão completa clicando aqui.
Sobre a relação entre espaço físico e digital, ele conta que, pela primeira vez, o varejo físico cresceu mais do que o online. “Mas isso não significa que o varejo digital tenha tido pouco engajamento”, disse durante o webinar.
Dados apresentados pela NielsenIQ no congresso internacional apontam uma estabilização do e-commerce, nos EUA. Enquanto em 2021 houve um crescimento de 21,5% em compras no digital, em 2022 o número permaneceu em 11,7%. “Também existe indicativos de que os consumidores estão ficando mais tempo nas lojas e vão a uma frequência maior ao ponto de venda”, afirmou Antônio.
Convidado especial do Pós-NRF da Amicci, Maurício Morgado, coordenador da FGVcev, conta que a integração entre online e offline é algo que neste ano chegou com ainda mais força. “Nesse cenário, os sistemas passam a ser integrados e o consumidor é reconhecido como único.”
Self-checkout; sistemas inteligentes para retirada e devolução de produtos; e espaço de exposição para clientes de marktplace são alguns exemplos apresentados por Morgado.

De olho na Geração Z
Outro ponto levantado na NRF deste ano foi como a Geração Z está moldando o futuro do consumo. Dados da Nielsen revelam o crescimento em importância da parcela de consumidores entre 10 e 25 anos em todos os canais, exceto atacarejo.
Mais do que isso, a Geração Z inspirou um ecossistema de imediatismo no varejo, tendo as redes sociais como pano de fundo dessa mudança. O futuro do engajamento online, portanto, será moldado pelas expectativas desse público por experiências significativas e memoráveis.
“Com isso, é necessário o varejo se adaptar para atender e se relacionar com esse novo consumidor, que terá poder de compra cada vez mais relevante”, afirmou Antônio.
Meio ambiente em pauta
A sustentabilidade já é uma preocupação presente no mundo dos negócios e deve ganhar ainda mais relevância nos próximos anos. Apresentado durante a NRF 2023, o relatório Future Drivers 2025, desenvolvido pela WGSN, revela que as empresas deverão repensar modelos de negócios tradicionais, passando a inserir o meio ambiente no centro da estrutura operacional.
Isso porque, segundo o estudo, os problemas climáticos causados pelo homem têm impacto direto “na cadeia de suprimentos global, na disponibilidade de recursos, nos custos tributários, na demanda do consumidor e no comércio internacional”.

“Vale dizer que a sustentabilidade é vista de forma diferente nos Estados Unidos, na Inglaterra e a nível global” contou Antônio Sá no webinar do Pós-NRF Amicci.
Segundo recente pesquisa da NielsenIQ, na Europa e EUA, por exemplo, a proteção dos recursos naturais é o que tem de mais relevante quando o assunto é meio ambiente. Já para o restante do mundo, 62% das pessoas entendem como sustentabilidade a redução da poluição do planeta.
Centralidade no cliente
“É importante entender com profundidade o consumidor, sua jornada de compra e o que realmente é importante para ele”, afirma Antônio Sá. “Muitas vezes focamos demais na concorrência ou em coisas que não são prioritárias para os clientes.”
Dessa forma, o primeiro passo é entender a visão estratégica e a proposta de valor do varejista para que seja possível oferecer os produtos certos, no momento certo, no preço que o cliente deseja e com a experiência que fará com que ele volte a fazer negócios com a marca.
Equipe de vendas engajada
Para uma experiência de compra assertiva e envolvente, é necessário investir no treinamento da equipe de vendas. É ela que fará a ponte entre o consumidor e o produto, interferindo diretamente na decisão de compra. Sendo assim, na NRF foi levantada a ideia de fazer com que esses colaboradores sejam embaixadores da marca e compartilhem os valores e sonhos da companhia.
Para o mercado de Marcas Próprias, essa estratégia é fundamental. Isso porque, para que os produtos exclusivos dos varejistas façam sucesso, é necessário uma mudança no comportamento de consumo. E a percepção da qualidade de itens de Marca Própria também está muito ligada à atuação da equipe de vendas.
Preço impulsiona troca de marca
“O consumidor está mudando, principalmente quando o bolso aperta”, contou Antônio Sá no Pós-NRF Amicci. Diante do cenário de crise que atingiu o mundo nos últimos anos, 36% dos consumidores decidem mudar de marca para melhor administrar as finanças, segundo dados da Kantar.
Nesse contexto, 15% encontra nas Marcas Próprias dos varejistas uma alternativa para continuar consumindo produtos de qualidade, a preços mais acessíveis.

E sua empresa, já atende às mudanças que prometem movimentar o varejo em 2023? Aproveite a procura dos consumidores por opções com bom custo-benefício e desenvolva produtos de Marca Própria de qualidade. Entre em contato com a Amicci e descubra como podemos te ajudar.