A empresa desenvolveu diferentes produtos próprios que passarão a ser comecializados nas próximas semanas. Primeiro deles é o vinho, já disponível no app

Na briga pela entrega mais rápida, a startup de delivery Daki decidiu ir além dos 15 minutos. Nesta quarta-feira, 27, a startup fundada há pouco mais de um ano anunciou a criação de produtos de marca própria, numa entrada que parte da criação de itens rotulados e exclusivos, a começar pelo vinho autoral, batizado de INO.
Além do vinho, a Daki está lançando outras categorias de produtos, de gelo, produtos de higiene, produtos embalados a até mesmo refeições congeladas.
Alguns itens já estão disponíveis em lojas na grande São Paulo, como é o exemplo do gelo. Os vinhos, por sua vez, já estão em todas as dark stores da Daki em São Paulo e Rio de Janeiro e devem chegar a Belo Horizonte — terceira praça onde a startup atua — em breve. Na próxima semana, será a vez da Padoka Daki ser inaugurada com a venda de 15 itens como pães frescos, pães embalados e frios fatiados.
Os produtos da Daki
Nessa nova frente, a prioridade da Daki será dar espaço e visibilidade para pequenos fornecedores locais e regionais. “É uma oportunidade dos consumidores conhecerem produtos locais de alta qualidade ”, diz Gabriela Seirafe, gerente de produto e inovação da Daki, em coletiva de imprensa nesta quarta, 27. No entanto, a Daki também olha para parcerias internacionais, com produtos importados. Os vinhos INO, por exemplo, vêm da Argentina.
A proposta, no final das contas, é estender o seu modelo de verticalização da operação também para a nova frente de negócios. Com isso, as marcas próprias da Daki serão comercializadas e entregues sem muitos intermediários pelo caminho, contando apenas com a parceria com fornecedores locais.
“Não acreditamos na terceirização”, disse Rafael Vasto, um dos fundadores da Daki. Para ele, o segredo da boa experiência do consumidor está em assumir todas as pontas da operação. O modelo de verticalização, na Daki, por exemplo, funciona com a ajuda de parceria com indústrias. “Os investidores e o mercado já compraram essa nossa proposta, pois ela realmente funciona”.
Com o novo modelo, segundo o fundador, a Daki ganha também a possibilidade melhorar as margens do negócio, mesmo que o preço competitivo em si não seja a prioridade da startup neste momento. “Nossos pilares são diferenciação e qualidade”, diz.
A expectativa é de que as vendas dos produtos próprios da Daki correspondam a 15% da receita total da startup já nos próximos 12 meses, segundo Vasto. Mas, mesmo com as receitas crescentes, a atenção do unicórnio deve estar nos índices de recorrência dos produtos exclusivos, explica Vasto. “Nossa mensuração de valor é perceber se um consumidor compra novamente um item, e não apenas na nossa receita”, diz.
O timing pra marca própria é muito bom no Brasil
Gabriela Seirafe, Private Label Manager na Daki
A inspiração para pivotar linhas autorais apenas quatro meses depois de se tornar unicórnio veio em boa medida, depois de projeto piloto bem sucedido durante a Páscoa, quando a Daki conseguiu comercializar 100% das unidades de seu ovo de Páscoa próprio.
Daqui em diante, a Daki espera melhorar a experiência do usuário — o que inclui um olhar atento à jornada dos compradores também para a marca própria, antes mesmo de expandir as entregas para outras cidades.
Para dar suporte à essa operação, agilizar as entregas e não deixar nenhuma ponta solta, a Daki acaba de inaugurar um novo e maior centro de distribuição (CD). O espaço de 4.500 metros quadrados fica em Barueri, na grande São Paulo, custou à empresa investimentos na ordem de 3 milhões de reais e dá lugar ao antigo CD da Daki na região.
Fonte: Exame / Meio&Mensagem