Sou uma apaixonada pelo tema. Mas como toda paixão, temos que ter o cuidado de não cair em armadilhas que nos levem a decisões ruins.
No Brasil, demoramos a descobrir o real valor da marca própria. Enquanto grandes redes no mundo inteiro, como Kroger, Lidl, Sainsbury, Marks & Spencer e Mercadona – isso para citar apenas alguns exemplos – fazem um ótimo uso delas há bastante tempo, atingindo participações de até 80% em suas vendas.
Nos últimos anos, as marcas próprias estão tomando maiores proporções nas grandes redes do varejo brasileiro, com bons resultados sendo divulgados, e as menores estão descobrindo os benefícios que elas podem trazer. O maior de todos, sem dúvida alguma, é a boa, velha e valiosa, fidelização de clientes. Sem deixar de citar o aumento da cesta de compras, novos clientes, melhora da imagem de preço e/ou qualidade da rede.
Afinal, o que é preciso para ter uma marca própria de sucesso? Sem dúvida alguma, o primeiro passo é ter certeza do que o seu cliente precisa e não deixar suas opiniões pessoais te guiarem. E essa armadilha é mais fácil de cair do que se imagina!
Persistência. Uma marca não se constrói do dia para a noite e não é diferente com as marcas próprias. Uma assinatura familiar ao consumidor traz credibilidade, sem dúvida alguma, mas não garante o sucesso.
E claro, é preciso ter uma estratégia clara de posicionamento de preço, qualidade e faixa de atuação. Não existe certo ou errado, mais uma vez, existe o que seu cliente precisa. Portanto, o conheça.
Garanta a entrega do que promete. Sempre. Nisso se baseará a relação de confiança que será construída com seu cliente. A criticidade do consumidor ao comprar uma marca própria é muito maior que com uma marca conhecida no mercado.
Sem esses pontos bem claros e bem realizados, a verdade é que você criará uma confusão na cabeça do seu consumidor, que não saberá o que esperar de sua marca e você, não terá em sua marca própria, a solução de vendas que ela pode te dar.